23.4.19

Honda estará a criar um capacete "inteligente"


De acordo com um pedido de patente submetido no passado setembro e publicado no início deste mês, a marca japonesa estará a desenvolver um capacete que funcionará como chave da moto do seu proprietário.

Tal como as chaves "inteligentes" dos automóveis e de alguns motociclos que permitem a abertura das portas e início da ignição com estas no bolso ou na mala, este capacete terá o mesmo tipo de funcionamento mas com uma ligeira diferença... reconhecimento facial e ocular.

A patente toma como exemplo a utilização deste capacete em conjunto com motociclos elétricos, no entanto, a Honda faz a ressalva que o exemplo e a incorporação da tecnologia ali descritos poderão ser sujeitos a alterações.

Na sua função de chave, o capacete integrará uma câmara dentro do forro que identificará o condutor através do reconhecimento ocular. Quando o condutor coloca o capacete pela primeira vez, a câmara deteta e tira uma fotografia ao olho e face do condutor, armazenando-a na memória do sistema. Desta forma, a identificação far-se-á rapidamente, sem interrupção do movimento ou da velocidade habitual com que o condutor coloca um capacete tradicional.
O sistema conseguirá ainda ler o movimento do olhar, que em conjunto com outras funções, detetará as condições do estado do condutor antes de este iniciar a viagem e durante esta.


E aqui entra outra função descrita na patente. Para além de chave, o capacete poderá funcionar também como alcoolímetro através de um sensor de hálito, medindo o grau de álcool do condutor quando este coloca o capacete e durante a viagem. A ignição manter-se-á bloqueada, caso o condutor se encontre com um grau de álcool acima do permitido, impedindo este de ligar a moto.

Após validados o estado e a identidade do condutor, a ignição da moto é desbloqueada.

A construtora abre ainda a possibilidade de ser integrado no sistema um termómetro para monitorizar a temperatura do condutor e seguir o seu estado de saúde, assim como a integração de um elétrodo para medir as ondas cerebrais e analisar o estado de espírito.

Apesar de ter sido apresentado nos EUA, no documento é feita referência à patente japonesa dos sistemas de autenticação facial para motociclos, destacando o seu funcionamento com base no reconhecimento do capacete e através de uma imagem facial do condutor num terminal móvel, evidenciando as limitações e os defeitos deste tipo de sistema em contraponto com a solução tecnológica apresentada na patente. Isto leva-nos a crer que esta invenção tem primordialmente o massivo mercado asiático como objetivo. Por isso, a chegar à fase de produção, provavelmente será implementada em mercados como os do Japão e China antes de qualquer outro.

Fonte: FPO
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