8.11.17

Honda irá continuar com oferta diesel nos próximos anos

Com a urgência em reduzir os efeitos causados pelas emissões de CO2 e, por conseguinte, arranjar alternativas aos combustíveis fósseis, o desenvolvimento da tecnologia elétrica e de hidrogénio associada a veículos tem vindo a demonstrar um significativo avanço e aceitação por parte dos mercados mundiais.

Mas apesar de esse avanço estar a decorrer a uma velocidade nunca antes registada, a verdade é que quer pela sua autonomia ainda algo limitada, pela inexistência de uma rede eficaz de postos de carregamento ou pelo preço dos veículos elétricos, um súbito afastamento definitivo de combustíveis fósseis como a gasolina e o gasóleo torna-se atualmente inviável.

A aparente guerra aberta aos combustíveis tradicionais, sobretudo ao gasóleo, levou já algumas marcas a anunciarem que, durante os próximos 5 anos, irão acabar de vez com a sua linha de veículos as diesel. A respeito disto, a Honda, no entanto, já anunciou que irá ter uma abordagem menos radical.

Durante o mês passado, numa conferência de imprensa em Tóquio, o presidente da Honda veio reafirmar a posição da construtora relativamente à completa eliminação dos diesel. Tal como já tinha declarado há dois anos, é intenção da Honda limitar gradualmente o desenvolvimento dos sistemas a diesel até à sua eventual anulação. Desta forma evita um corte abrupto e prepara quer a própria construtora quer os seus consumidores para a transição do tipo de alimentação dos seus futuros veículos.
Takahiro Hachigo confirma assim que, num futuro próximo, a disponibilidade dos motores de combustão, principalmente a diesel, irão manter-se na sua maioria inalterados em certos mercados.

"Na Europa, o nosso mercado diesel n.º 1, daremos prioridade à eletrificação, mas isso não significa que iremos eliminar radicalmente a nossa gama diesel. Ainda existe procura na Europa, e em mercados como a Índia, por isso iremos continuar com modelos diesel consoante as necessidades dos nossos consumidores, e diminuindo gradualmente a sua disponibilidade", afirmou o CEO da Honda, Takahiro Hachigo.


Fonte: Paultan
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