NSX GT3 poderá influenciar novas versões do NSX

A Honda revelou recentemente fotos do seu novo NSX GT3. Um monstro purista sem os sistemas híbridos da versão de estrada, repleto de fibra de carbono e equipado com um motor V6 3.5 twin-turbo DOHC e transmissão sequencial de 6 velocidades.

Seria de se esperar que este GT3 fosse uma espécie rara, daquelas cujos exemplares só aparecem em ocasiões especiais, tal como aquele parente solteiro que se vê uma ou duas vezes ao ano e que não vai deixar descendentes.
Ora parece que não é bem assim... bem, pelo menos a parte do não deixar descendentes.

Segundo o engenheiro responsável pelo Projeto de Dinâmica do NSX, Nick Robinson, o GT3 irá influenciar novas versões do super-desportivo híbrido que está a ser apresentado em Portugal até ao fim do mês.

"O desporto motorizado corre nas veias da Honda. Desde o início do desenvolvimento, membros da equipa de engenharia foram encorajados a aventurarem-se no mundo do desporto motorizado para aprenderem as últimas abordagens nas várias áreas, e depois retornarem ao grupo de desenvolvimento do veículo partilhando o que aprenderam e verificarem o que se poderia aplicar.

Na América do Norte, acabámos de revelar a versão GT3 do carro, e a equipa de desenvolvimento da versão de estrada também esteve envolvida no seu desenvolvimento. O que funcionar bem na pista irá informar futuras interações e atualizações do NSX de estrada e vice versa.", declarou Robinson durante a apresentação à imprensa europeia.

Estas declarações fortalecem a ideia de que uma versão NSX-R poderá mesmo ver a luz do dia. Uma versão mais leve, não híbrida, com o motor V6 aprimorado para debitar mais potência, tal como o GT3.

Para além de principal responsável pelo Projeto de Dinâmica do novo NSX, Nick Robinson pilotou o NSX que ganhou na classe Time Attack 2 Produção, no Pikes Peak International Hill Climb 2016.

Quando questionado sobre a aplicação e desempenho do NSX em competição, Robinson é claro: "Para competições como Pikes Peak, acho que o carro tem muito potencial. O sistema híbrido desportivo e o motor twin-turbo trazem vantagens em altitude que outros carros não possuem. A estabilidade e o controlo do chassis também são uma vantagem. Podia puxar pelo carro com confiança e ainda sentir total controlo. O melhor para mim ao competir lá foi ver a reação por parte da multidão e de outros concorrentes ao carro quando viram uma versão de produção que bastou aparecer e acelerar. Espero que tenha aumentado o interesse sobre os benefícios dos sistemas híbridos.

Em pista, existe uma real oportunidade para o NSX assim que surjam competições apropriadas que permitam a utilização de sistemas híbridos. Mas mesmo agora com o GT3 vemos o NSX na pista, chamando a atenção para a marca e mostrando o que a Honda é, carros desportivos carregados de tecnologia avançada e inovadora."