1.7.16

Honda planeia infraestrutura para reciclagem de baterias

Nos últimos anos, como consequência do aumento do preço dos combustíveis fósseis e por razões ambientais, tem-se verificado um significativo crescimento das vendas de veículos híbridos por todo o mundo.
Em março de 2015, cerca de 4.68 milhões de veículos híbridos circulavam nas estradas japonesas, este número representa perto de 8% do total de veículos no país. Durante todo o ano passado, só no Japão, 27% dos veículos Honda vendidos foram híbridos.

Embora os híbridos sejam viaturas ecologicamente mais "amigáveis" do que as convencionais, muitos dos seus componentes não o são. E neles estão incluídas as perecíveis baterias.
Coloca-se assim a questão: Com as baterias dos veículos mais antigos a entrar no fim da sua vida útil, o que fazer com elas?

Em resposta a este problema, a Honda decidiu começar a recolher e reciclar as baterias de lítio usadas nos seus veículos híbridos.
A posição da Honda quanto à sua responsabilidade perante um mundo mais sustentável não é nova, em 2013 a construtora tornava-se pioneira na reutilização, em baterias novas, dos metais raros das baterias de níquel usadas.

O processo de reciclagem terá início no Japão, país onde a percentagem de híbridos tem vindo a crescer exponencialmente nos últimos 5 anos. 

A reciclagem compreende uma série de medidas de segurança para garantir o não vazamento ou incêndio das baterias e seus componentes.
O processo inicia-se com o descarregamento, posterior separação dos eletrólitos e recuperação de aproximadamente 80% dos seus metais raros. Estes serão depois recondicionados de forma a serem utilizados como material base para baterias de níquel ou outros produtos.

A Honda espera que, no decorrer do segundo trimestre de 2017, o Ministério do Ambiente japonês conceda a licença necessária para a recolha e processamento de resíduos industriais nas várias prefeituras do país. Desta forma, a construtora poderá iniciar a implementação do sistema, tornando-se a primeira de entre as suas concorrentes a fazê-lo.
Enquanto isso, a Honda associar-se-á à Universidade de Tohoku (conhecida pela pesquisa em reciclagem) e à Japan Metals & Chemicals para que as primeiras instalações estejam prontas dentro de 3 anos.

Para além dos benefícios ambientais, um dos objetivos será aperfeiçoar as tecnologias associadas na remoção das substâncias provenientes dos resíduos das baterias por um custo menor do que o da incineração. O outro, após o aperfeiçoamento do processo, será o de estabelecer uma rede de centros de recolha por todo o país e, por último, comercializar o sistema de reutilização.
Estima-se que a partir de 2020, a quantidade de veículos híbridos em fim de vida deva aumentar consideravelmente.


Fonte: Nikkei
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