31.5.16

A aerodinâmica e o sistema de arrefecimento do novo NSX

Com objetivos inter-relacionados para maximizar a força vertical aerodinâmica (downforce) e produzir uma refrigeração eficiente no novo NSX, o chefe de projeto de aerodinâmica e refrigeração Thomas Ramsay e a sua equipa procuraram extrair o máximo benefício possível do fluxo de ar ao redor e através do NSX.

Utilizando simulações de dinâmica de fluídos computorizadas (CFD) e testes em modelos à escala de 40% no túnel de vento da fábrica em Ohio, a equipa de desenvolvimento conseguiu otimizar as formas intrincadas da carroçaria e respetivos revestimentos.
Superfícies, grelhas de entrada e saídas de ar foram moldados e dimensionados para reduzir a resistência aerodinâmica, criar downforce, maximizar a refrigeração e dissipar eficientemente o calor indesejado.
A análise foi então verificada no túnel de vento móvel de grande escala em Tochigi, Japão.

"De várias maneiras, com o design do novo NSX, literalmente temos a forma a seguir a função, por isso este foi um veículo bastante interessante de se trabalhar como profissional de aerodinâmica," declara Ramsay.

O equilíbrio da força vertical gerada pelo design exterior do NSX entre a frente e a traseira foi afinado minuciosamente.
Um programa exaustivo de pesquisa e desenvolvimento determinou que gerando aproximadamente 3 vezes mais downforce na traseira, relativamente à gerada na frente, providenciaria uma distribuição otimizada da mesma para um elevado desempenho na condução diária.
Um difusor traseiro trabalha em conjunto com o spoiler traseiro e com as ranhuras dos farolins de forma a gerar uma significativa força vertical e gerir eficazmente a resistência criada pela esteira aerodinâmica gerada atrás do carro. O alto nível de downforce é assim conseguido sem a necessidade de dispositivos ou peças aerodinâmicas ativas.

Aberturas estrategicamente posicionadas para reduzir a turbulência e perdas aerodinâmicas em volta das rodas frontais trabalham em conjunto com as aberturas nas laterais das cavas das rodas de forma a estabilizar o fluxo de ar na lateral do carro. Estes "respiradouros" combinados com os pilares C flutuantes orientam o fluxo para as entradas laterais, canalizando-o depois para o compartimento do motor, respetiva admissão de ar e para os intercoolers. As entradas laterais foram também desenhadas para direcionar o fluxo de ar por cima da traseira de forma a aumentar a força vertical aerodinâmica.

Como parte da gestão geral do fluxo de ar, o design exterior do NSX também permite uma gestão térmica altamente eficiente do sistema híbrido. Existem 7 diferentes principais fontes de calor no NSX, o motor 3.5 V6, dois turbo-compressores, a transmissão DCT de 9 velocidades, a unidade de distribuição de energia e os 2 motores elétricos. Para arrefecer eficazmente estes elementos, o fluxo de ar é gerido através de 10 permutadores de calor diferentes.

Aberturas na frente do veículo fornecem o ar refrigerador através de permutadores de calor situados na secção frontal (radiadores frontais do motor, refrigerador dos motores elétricos, condensador, refrigerador da transmissão e unidade de distribuição de energia híbrida). O ar que flui pelo tejadilho e desce pela cobertura em vidro do motor é capturado para arrefecer a transmissão e ajudar no controle da temperatura do compartimento.
Todas estas medidas asseguram uma gestão térmica eficiente para as várias fontes de calor do veículo.





Fonte: Honda
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