Ensaio > CR-V 1.6 i-DTEC
E com a chegada anunciada para Outubro/Novembro, fomos convidados pela AutoVip e Honda Portugal a experimentá-lo em jeito de antestreia.
A versão disponibilizada foi a Lifestyle (a mesma do ensaio da versão 2.2 i-DTEC), pelo que o equipamento não sofreu alterações, com a diferença de que este vinha equipado com o opcional GPS.
E com todas as características já publicadas anteriormente (ver aqui), vamos apenas concentrar-nos em aspectos como o comportamento, manuseamento, conforto e consumos.
DESIGN
O design exterior e interior não sofreu alterações, no entanto segundo a Honda as dimensões desta versão 1.6 diesel foram ligeiramente reduzidas, favorecendo a visibilidade para o exterior e a percepção do meio envolvente pelo condutor. Facto constatado, quando nos aproximamos do veículo não se nota diferença nas suas dimensões, mas quando entramos no habitáculo e durante o test-drive é notória a melhoria na visibilidade e percepção do exterior, e nem por isso o espaço interior ficou comprometido.
O tablier mantém-se inalterado, assim como a consola central. Esta versão estava equipada com GPS pelo que tinha montado o respectivo ecrã na consola central. O sistema de navegação é de boa leitura, preciso e prático, no entanto não gostamos da duplicação de informação nos vários ecrãs (GPS e i-MID) e da dimensão dos botões que vieram com este opcional, tornando tudo um pouco confuso e distractivo (esperemos que não seja a versão final).
O rebaixamento de 2,5cm da plataforma da bagageira faz-se notar e facilita o acesso à mesma.
Seria de esperar que o barulho, no interior do habitáculo, produzido por um motor a diesel de média cilindrada num veículo deste género fosse superior ao do 2.2, no entanto ficámos agradavelmente surpreendidos de constatar que os esforços na insonorização forem bem sucedidos. O ruído produzido pelo motor ao ralenti é praticamente inaudível, e mesmo em aceleração não é de todo incomodativo.
MOTOR
Equipado com o motor 1.6 diesel do Civic (47kg mais leve que o 2.2) e após ter sido removido o sistema 4WD, esta versão do CR-V ficou 116kg mais leve que a 2.2 i-DTEC. Graças a este emagrecimento e à ligeira redução das dimensões da carroçaria, o veículo escapou a uma conotação de "arrastão", pois uma das grandes dúvidas seria se o motor 1.6 i-DTEC de 120cv seria suficiente para mover, com genica, os 2200kg do 2.2 i-DTEC.
Com um binário de 300 Nm às 2000 rpm, apresenta boas recuperações, mas em ultrapassagens mais curtas requer uma redução de mudança para não ficarmos "agarrados".
CONSUMOS
A marca anuncia consumos de 4.8, 4.3 e 4.5lt/100km em urbano, extra-urbano e combinado, respectivamente.
Não tivemos oportunidade de testar o SUV em todas as condições, mas após um "reset" inicial ao leitor e depois do ensaio exclusivamente em percurso urbano, o computador de bordo marcava um consumo de 6.1lt/100km, sendo que durante o teste o consumo mínimo apresentado foi de 5.3lt/100km.
COMPORTAMENTO
A direcção continua precisa e leve quanto baste.
A revisão à suspensão deixou o CR-V um pouco mais firme, o que tornou a condução na maioria das estradas mais confortável e segura. No entanto, em estradas cujo piso esteja mais degradado o conforto nos lugares traseiros saiu um pouco penalizado.
Para nosso descontentamento, a não existência de uma versão 4WD compromete a utilização deste SUV em saídas todo-terreno, por mais leve que ele seja.
VALORES
Estarão disponíveis os três níveis de equipamento Elegance, Lifestyle e Executive.
Ainda não são conhecidos valores finais oficiais, mas estima-se que o CR-V 1.6 i-DTEC será comercializado a partir de 30.000€.
