Ensaio > Civic Sedan 1.5 i-VTEC Executive
Quase uma década após ter sido retirada do mercado, a carroçaria de 4 portas do Civic retorna numa altura em que a "febre" dos SUV ainda se faz sentir. Desde que o Accord foi descontinuado na Europa em 2015, o segmento familiar da Honda europeia ficou algo desfalcado, muito por culpa da procura do mercado pelos versáteis hatchbacks e SUVs, ficando a oferta limitada ao CR-V e à Civic Tourer.
Com a chegada da nova geração do Civic, a Honda tomou a decisão de tentar inverter esta tendência e de substituir a versão Tourer, a qual também viu o fim chegar no final do ano passado, pela variante sedan.
Estará esta versão à altura dessa substituição? Será o sedan apenas uma versão comprida do hatchback? Fomos descobrir...
DESIGN E EQUIPAMENTO
Para que ninguém duvide que este é um Civic, o design exterior faz questão de demonstrar isso mesmo com a integração da grelha frontal e faróis comuns à família Civic e com os farolins no formato "C" semelhantes aos do hatchback, embora a meu ver com um desenho mais elegante.
Na versão de 5 portas a Honda quis quebrar com qualquer "normalidade" na estética, introduzindo enormes grelhas laterais nos pára-choques, para muitos de proporções exageradas, mas na berlina a marca optou por reduzir o nível de agressividade ao diminuir o seu tamanho na frente e eliminá-las por completo na traseira, dando ao modelo um visual mais consensual, sóbrio, maduro e elegante.
Se de frente o Sedan quase que consegue passar pelo seu irmão, de perfil o caso muda de figura com a carroçaria mais longa a adotar a silhueta de um fastback. E é aqui que a Honda preferiu introduzir alguma desportividade nesta variante, assumindo linhas mais fluídas e atléticas que ajudam também na aerodinâmica do veículo. Mas embora a carroçaria adote este tipo de silhueta, não julgue que pode aproveitar das vantagens de uma 5ª porta para aceder à bagageira. Não, apesar de parecer continua, na realidade, o acesso à bagageira faz-se tal e qual como numa berlina normal de 4 portas.
Para que ninguém duvide que este é um Civic, o design exterior faz questão de demonstrar isso mesmo com a integração da grelha frontal e faróis comuns à família Civic e com os farolins no formato "C" semelhantes aos do hatchback, embora a meu ver com um desenho mais elegante.
Na versão de 5 portas a Honda quis quebrar com qualquer "normalidade" na estética, introduzindo enormes grelhas laterais nos pára-choques, para muitos de proporções exageradas, mas na berlina a marca optou por reduzir o nível de agressividade ao diminuir o seu tamanho na frente e eliminá-las por completo na traseira, dando ao modelo um visual mais consensual, sóbrio, maduro e elegante.
Se de frente o Sedan quase que consegue passar pelo seu irmão, de perfil o caso muda de figura com a carroçaria mais longa a adotar a silhueta de um fastback. E é aqui que a Honda preferiu introduzir alguma desportividade nesta variante, assumindo linhas mais fluídas e atléticas que ajudam também na aerodinâmica do veículo. Mas embora a carroçaria adote este tipo de silhueta, não julgue que pode aproveitar das vantagens de uma 5ª porta para aceder à bagageira. Não, apesar de parecer continua, na realidade, o acesso à bagageira faz-se tal e qual como numa berlina normal de 4 portas.
A sobriedade estende-se ao interior e, à exceção das ornamentações que percorrem o tablier e as portas, não há grandes diferenças para o seu irmão mais compacto. Ao contrário do hatchback onde estes filetes adotam um padrão quadriculado, no sedan surgem com um acabamento escovado e com uma cor que varia a sua tonalidade dependendo da incidência da luz, indo de um cinza metálico a um cinza mais escuro com um leve tom arroxeado.
A qualidade dos materiais e dos acabamentos é boa, e o nível da montagem idêntico ao dos Civic de 5 portas, não apresentando barulhos indesejados mesmo em pisos mais degradados ou irregulares.
Com todos os bancos a possuírem uma boa ergonomia, a múltipla regulação do banco do condutor a garantir uma boa posição de condução e o habitáculo a oferecer bastante espaço para as pernas, quem viaje no Sedan pode esperar uma deslocação confortável, quer à frente quer atrás, mesmo em viagens mais longas. Nos bancos traseiros, em comparação com o hatchback, o design fastback do Sedan acaba por penalizar um pouco os passageiros mais altos (maiores que 1.80m) que vêem encurtada a distância da cabeça ao topo do habitáculo, no entanto, saem a ganhar no espaço para as pernas.
A visibilidade para o exterior é bastante boa em toda a periferia do carro, mesmo tendo em conta a linha elevada da traseira fastback.
A bagageira tem espaço suficiente para transportar duas malas grandes e mais umas três ou quatro de menores dimensões ou, caso necessite, com os encostos dos bancos traseiros rebatidos (existem duas alavancas na bagageira, junto do vidro, para destrancá-los), consegue-se transportar objetos com cerca de 2 metros de comprimento e um máximo de 90 cm de largura.
Mas se a capacidade de 519 litros da bagageira é um trunfo perante outros do mesmo segmento, ponto menos positivo para a inexistência de qualquer cobertura em parte do tecto da bagageira. Toda a zona que integra o sistema de som traseiro encontra-se a descoberto, com as colunas e a respetiva cablagem à mostra, isto obriga a um cuidado extra na entrada ou retirada de objetos mais altos. Sinceramente, não entendo esta opção da Honda e espero que numa próxima versão ou atualização seja inserido algum tipo de proteção, prevenindo assim qualquer dano acidental ao sistema de som.
No nível de equipamento Executive, o topo de gama, para além do equipamento de série, podemos contar com faróis e luzes de nevoeiro LED, estofos em pele, ar condicionado automático bi-zona, bancos aquecidos tanto à frente como atrás, espelho retrovisor com escurecimento automático, apoio lombar dos bancos da frente com regulação elétrica, sistema Honda CONNECT com GPS através do ecrã tátil de 7", sistema de som com 10 colunas, carregamento sem fios para smartphones compatíveis com a tecnologia, sensores (à frente e atrás) e câmara de estacionamento traseira.
Ao contrário do hatchback, no Sedan, o tecto de vidro dá lugar a um convencional tecto de abrir atérmico à "moda antiga", com duas opções de abertura: basculante ou retrátil.
A qualidade dos materiais e dos acabamentos é boa, e o nível da montagem idêntico ao dos Civic de 5 portas, não apresentando barulhos indesejados mesmo em pisos mais degradados ou irregulares.
Com todos os bancos a possuírem uma boa ergonomia, a múltipla regulação do banco do condutor a garantir uma boa posição de condução e o habitáculo a oferecer bastante espaço para as pernas, quem viaje no Sedan pode esperar uma deslocação confortável, quer à frente quer atrás, mesmo em viagens mais longas. Nos bancos traseiros, em comparação com o hatchback, o design fastback do Sedan acaba por penalizar um pouco os passageiros mais altos (maiores que 1.80m) que vêem encurtada a distância da cabeça ao topo do habitáculo, no entanto, saem a ganhar no espaço para as pernas.
A visibilidade para o exterior é bastante boa em toda a periferia do carro, mesmo tendo em conta a linha elevada da traseira fastback.
A bagageira tem espaço suficiente para transportar duas malas grandes e mais umas três ou quatro de menores dimensões ou, caso necessite, com os encostos dos bancos traseiros rebatidos (existem duas alavancas na bagageira, junto do vidro, para destrancá-los), consegue-se transportar objetos com cerca de 2 metros de comprimento e um máximo de 90 cm de largura.
Mas se a capacidade de 519 litros da bagageira é um trunfo perante outros do mesmo segmento, ponto menos positivo para a inexistência de qualquer cobertura em parte do tecto da bagageira. Toda a zona que integra o sistema de som traseiro encontra-se a descoberto, com as colunas e a respetiva cablagem à mostra, isto obriga a um cuidado extra na entrada ou retirada de objetos mais altos. Sinceramente, não entendo esta opção da Honda e espero que numa próxima versão ou atualização seja inserido algum tipo de proteção, prevenindo assim qualquer dano acidental ao sistema de som.
No nível de equipamento Executive, o topo de gama, para além do equipamento de série, podemos contar com faróis e luzes de nevoeiro LED, estofos em pele, ar condicionado automático bi-zona, bancos aquecidos tanto à frente como atrás, espelho retrovisor com escurecimento automático, apoio lombar dos bancos da frente com regulação elétrica, sistema Honda CONNECT com GPS através do ecrã tátil de 7", sistema de som com 10 colunas, carregamento sem fios para smartphones compatíveis com a tecnologia, sensores (à frente e atrás) e câmara de estacionamento traseira.
Ao contrário do hatchback, no Sedan, o tecto de vidro dá lugar a um convencional tecto de abrir atérmico à "moda antiga", com duas opções de abertura: basculante ou retrátil.
MOTOR E CONSUMOS
Por enquanto o Civic Sedan está disponível apenas com a motorização a gasolina, mas não irá demorar muito até que o diesel chegue aos concessionários portugueses.
A unidade que equipa esta versão é precisamente a mesma que podemos encontrar no modelo de 5 portas, o 1.5 i-VTEC Turbo de 4 cilindros, e apesar de, curiosamente, a berlina ser mais leve do que o hatchback em cerca de 50 kg, não se notaram diferenças no desempenho deste.
O motor, ajudado pelo turbo de baixa inércia e pelos sistemas VTEC e Dual-VTC, continua a apresentar um comportamento progressivo, suave e consistente, com uma resposta bem equilibrada em toda a faixa de rotações e com o binário máximo de 240 Nm a ser disponibilizado pelo turbo e VTEC perto das 2000 rpm.
Mas não me interprete mal ao pensar que a suavidade e a previsibilidade observadas são sinónimos de apatia, muito pelo contrário, quando carregamos com maior convicção no acelerador ou efetuamos uma redução na caixa que eleve as rotações para regimes mais altos, o motor puxa dos seus 182 cv respondendo de forma enérgica e disponibilizando-se para uma condução mais ágil e desportiva.
No entanto, com o modo ECON ligado, nota-se efetivamente uma maior suavidade na resposta do acelerador, ficando o "nervosismo" anteriormente observado diluído num comportamento mais virado para a economia do combustível.
A caixa manual de 6 velocidades é rápida e bem escalonada, proporcionando uma regular progressão da aceleração e com as recuperações a serem efetuadas sem grandes demoras. Exceção feita quando, em modo ECON e em rotações mais baixas, o aumento de velocidade se dá de uma forma mais gradual e arrastada, mas nada que uma redução na caixa de velocidades não ponha termo.
Sem grandes surpresas, os consumos registados durante o ensaio de 702 km andaram a par com os do seu irmão compacto. Com 10% do teste efetuado em ambiente urbano, 40% em extra-urbano e 50% em autoestrada, a média combinada final ficou nos 6.3 lt/100km, isto com uma condução despreocupada.
Com os primeiros 51 km a serem efetuados em modo "normal", com situações de hora de ponta e nos três tipos de percursos, o computador de bordo registou um consumo combinado de 6.1 lt/100km. No restante ensaio, foram registados valores entre os 7.2 e os 8.0 lt/100km em percursos urbanos, e entre 5.7 e 6.8 lt/100km em extra-urbano. Já em auto-estrada, foram registadas médias entre os 5.4 e os 6.3 lt/100km, sendo que 80% dos restantes 651 km foram efetuados em modo ECON.
Tendo em conta que as condições dos percursos e da condução foram bastante idênticas às efetuadas aquando do ensaio do hatchback, o qual foi feito com o ECON sempre desligado, e ao facto de a média global ter sido a mesma, deixa-me a pensar no real efeito deste modo "economizador".
COMPORTAMENTO E SEGURANÇA
Ser um sedan não significa ser aborrecido, e a Honda investiu nessa premissa. O Civic de 4 portas tem um comportamento que transmite confiança, abordando as estradas sinuosas de forma segura e precisa. Tal como no hatchback, a maior rigidez torsional da nova plataforma e a competente suspensão, mesmo com a inexistência da suspensão adaptativa presente no compacto, fazem um excelente trabalho para que a berlina mantenha a sua rota sem causar sustos ao condutor.
Mas apesar de toda a competência do comportamento dinâmico oferecido pela suspensão de série, pelo menos no nível de topo não vinha mal nenhum ao mundo se tivesse sido aplicada a suspensão adaptativa, possibilitando uma condução ainda mais emocionante... talvez numa próxima geração.
A precisão com que o Sedan aborda as trajetórias é devida também à concisa e rápida direção assistida, herdada do Civic Type R 2016, que proporciona um hábil controlo da viatura.
Este eficaz equilíbrio entre uma boa compostura e um dinamismo saudável em nada compromete o conforto das deslocações, a suspensão continua a absorver competentemente as imperfeições dos pisos viários mais irregulares, proporcionando uma viagem tranquila q.b. aos seus ocupantes.
Por enquanto o Civic Sedan está disponível apenas com a motorização a gasolina, mas não irá demorar muito até que o diesel chegue aos concessionários portugueses.
A unidade que equipa esta versão é precisamente a mesma que podemos encontrar no modelo de 5 portas, o 1.5 i-VTEC Turbo de 4 cilindros, e apesar de, curiosamente, a berlina ser mais leve do que o hatchback em cerca de 50 kg, não se notaram diferenças no desempenho deste.
O motor, ajudado pelo turbo de baixa inércia e pelos sistemas VTEC e Dual-VTC, continua a apresentar um comportamento progressivo, suave e consistente, com uma resposta bem equilibrada em toda a faixa de rotações e com o binário máximo de 240 Nm a ser disponibilizado pelo turbo e VTEC perto das 2000 rpm.
Mas não me interprete mal ao pensar que a suavidade e a previsibilidade observadas são sinónimos de apatia, muito pelo contrário, quando carregamos com maior convicção no acelerador ou efetuamos uma redução na caixa que eleve as rotações para regimes mais altos, o motor puxa dos seus 182 cv respondendo de forma enérgica e disponibilizando-se para uma condução mais ágil e desportiva.
No entanto, com o modo ECON ligado, nota-se efetivamente uma maior suavidade na resposta do acelerador, ficando o "nervosismo" anteriormente observado diluído num comportamento mais virado para a economia do combustível.
A caixa manual de 6 velocidades é rápida e bem escalonada, proporcionando uma regular progressão da aceleração e com as recuperações a serem efetuadas sem grandes demoras. Exceção feita quando, em modo ECON e em rotações mais baixas, o aumento de velocidade se dá de uma forma mais gradual e arrastada, mas nada que uma redução na caixa de velocidades não ponha termo.
Sem grandes surpresas, os consumos registados durante o ensaio de 702 km andaram a par com os do seu irmão compacto. Com 10% do teste efetuado em ambiente urbano, 40% em extra-urbano e 50% em autoestrada, a média combinada final ficou nos 6.3 lt/100km, isto com uma condução despreocupada.
Com os primeiros 51 km a serem efetuados em modo "normal", com situações de hora de ponta e nos três tipos de percursos, o computador de bordo registou um consumo combinado de 6.1 lt/100km. No restante ensaio, foram registados valores entre os 7.2 e os 8.0 lt/100km em percursos urbanos, e entre 5.7 e 6.8 lt/100km em extra-urbano. Já em auto-estrada, foram registadas médias entre os 5.4 e os 6.3 lt/100km, sendo que 80% dos restantes 651 km foram efetuados em modo ECON.
Tendo em conta que as condições dos percursos e da condução foram bastante idênticas às efetuadas aquando do ensaio do hatchback, o qual foi feito com o ECON sempre desligado, e ao facto de a média global ter sido a mesma, deixa-me a pensar no real efeito deste modo "economizador".
COMPORTAMENTO E SEGURANÇA
Ser um sedan não significa ser aborrecido, e a Honda investiu nessa premissa. O Civic de 4 portas tem um comportamento que transmite confiança, abordando as estradas sinuosas de forma segura e precisa. Tal como no hatchback, a maior rigidez torsional da nova plataforma e a competente suspensão, mesmo com a inexistência da suspensão adaptativa presente no compacto, fazem um excelente trabalho para que a berlina mantenha a sua rota sem causar sustos ao condutor.
Mas apesar de toda a competência do comportamento dinâmico oferecido pela suspensão de série, pelo menos no nível de topo não vinha mal nenhum ao mundo se tivesse sido aplicada a suspensão adaptativa, possibilitando uma condução ainda mais emocionante... talvez numa próxima geração.
A precisão com que o Sedan aborda as trajetórias é devida também à concisa e rápida direção assistida, herdada do Civic Type R 2016, que proporciona um hábil controlo da viatura.
Este eficaz equilíbrio entre uma boa compostura e um dinamismo saudável em nada compromete o conforto das deslocações, a suspensão continua a absorver competentemente as imperfeições dos pisos viários mais irregulares, proporcionando uma viagem tranquila q.b. aos seus ocupantes.
Em viagem de auto-estrada, o andamento deste Civic é pacífico, suave e confortável, fazendo com que se chegue ao destino sem nos sentirmos fatigados, em suma aquilo que se espera de um sedan.
Para o conforto e ausência de fadiga também contribui a boa insonorização do habitáculo que mantém o ruído aerodinâmico e do motor em níveis controlados.
O Civic Sedan disponibiliza de série o completo e eficiente pacote de sistemas de segurança e assistência à condução Honda SENSING, ao qual, no nível de equipamento Executive (o da unidade ensaiada), adiciona ainda o sistema de Informação do Ângulo Morto (BSI).
Tanto no campo da assistência à condução como no da segurança, confirma-se o competente desempenho da supervisão de todos os sistemas. Destaque para a excelente eficácia dos sistemas de prevenção de colisões e de travagem que involuntariamente tivemos oportunidade de testar devido à irresponsabilidade de alguns condutores e que, em conjunto com a nossa atenção e previsão do acontecimento, conseguiu impedir o que poderia ter resultado num choque em cadeia.
VALORES
VEREDITO
Do que gostámos?
Resposta e comportamento geral do motor
Comportamento da suspensão e do chassis
Honda SENSING (sistemas de segurança ativa e assistência à condução)
Conforto
Design
A melhorar?
Revestimento de proteção para o sistema de som na bagageira
Pequenos luxos a adicionar à versão de topo: Memória e regulação elétrica dos bancos frontais e suspensão adaptativa
Em conclusão, e respondendo às questões colocadas no início do ensaio...
Considerando apenas o espaço oferecido, principalmente ao nível da bagageira, como veículo familiar, é difícil uma berlina fazer as vezes de uma "tourer". No entanto, em tudo o resto, o Civic Sedan está definitivamente à altura dessa substituição.
Comparativamente ao hatchback, o refreamento da agressividade do visual dá-lhe quase uma identidade própria, e o seu caráter mais sério (mas não aborrecido) indica que este modelo foi projetado para o tipo de cliente que privilegia um design menos chamativo, mas ao mesmo tempo, não dispensa uma pitada de jovialidade quer no visual quer nas prestações do motor.
Se tivermos em conta tudo o que o novo Civic Sedan oferece, quer a nível de desempenho, segurança, equipamento e habitabilidade/capacidade, este é um modelo com um dos pacotes mais equilibrados do seu segmento no mercado nacional, e a um preço competitivo.
Definitivamente o Civic Sedan não é um modelo de luxo, mas é um carro onde se pode observar um maior cuidado nos acabamentos, oferecendo um ambiente que se aproxima desse nível. E também não é um veículo para quem procura um "hot sedan", mas ainda assim é um modelo que oferece o conforto de um sedan com o comportamento de um desportivo, tornando-o uma referência para quem procura o primeiro familiar. Colocasse a Honda o motor do Type R neste Sedan e teríamos um verdadeiro "sleeper".
Em suma, esta versão de 4 portas da nova geração do Civic coaduna-se na perfeição com as jovens famílias que necessitam de um familiar mas que, ainda assim, preferem um veículo que se apresente menos como um carro de família e mais como um executivo de garras escondidas.
Para conhecer em pormenor o Civic Sedan, consulte o artigo: Civic 2017 Sedan europeu - toda a informação
C. Ruivo
Para o conforto e ausência de fadiga também contribui a boa insonorização do habitáculo que mantém o ruído aerodinâmico e do motor em níveis controlados.
O Civic Sedan disponibiliza de série o completo e eficiente pacote de sistemas de segurança e assistência à condução Honda SENSING, ao qual, no nível de equipamento Executive (o da unidade ensaiada), adiciona ainda o sistema de Informação do Ângulo Morto (BSI).
Tanto no campo da assistência à condução como no da segurança, confirma-se o competente desempenho da supervisão de todos os sistemas. Destaque para a excelente eficácia dos sistemas de prevenção de colisões e de travagem que involuntariamente tivemos oportunidade de testar devido à irresponsabilidade de alguns condutores e que, em conjunto com a nossa atenção e previsão do acontecimento, conseguiu impedir o que poderia ter resultado num choque em cadeia.
VALORES
O
novo Civic Sedan 1.5 i-VTEC Turbo de transmissão manual está disponível em 3 níveis de
equipamento:
o básico Comfort desde 28.350€*, o intermédio Elegance a partir de 30.350€* e
o de topo Executive com o valor base a começar nos 33.750€*.
Se
juntarmos a pintura metalizada, que no caso da unidade ensaiada é o Cinza Polished Metal, o valor sobe 550€.
Caso opte pela transmissão automática CVT, a mesma está disponível apenas para os níveis Elegance e Executive, e acresce 2.000€ aos respetivos valores base.
*PVPR para 2018
Caso opte pela transmissão automática CVT, a mesma está disponível apenas para os níveis Elegance e Executive, e acresce 2.000€ aos respetivos valores base.
*PVPR para 2018
VEREDITO
Do que gostámos?
Resposta e comportamento geral do motor
Comportamento da suspensão e do chassis
Honda SENSING (sistemas de segurança ativa e assistência à condução)
Conforto
Design
A melhorar?
Revestimento de proteção para o sistema de som na bagageira
Pequenos luxos a adicionar à versão de topo: Memória e regulação elétrica dos bancos frontais e suspensão adaptativa
Em conclusão, e respondendo às questões colocadas no início do ensaio...
Considerando apenas o espaço oferecido, principalmente ao nível da bagageira, como veículo familiar, é difícil uma berlina fazer as vezes de uma "tourer". No entanto, em tudo o resto, o Civic Sedan está definitivamente à altura dessa substituição.
Comparativamente ao hatchback, o refreamento da agressividade do visual dá-lhe quase uma identidade própria, e o seu caráter mais sério (mas não aborrecido) indica que este modelo foi projetado para o tipo de cliente que privilegia um design menos chamativo, mas ao mesmo tempo, não dispensa uma pitada de jovialidade quer no visual quer nas prestações do motor.
Se tivermos em conta tudo o que o novo Civic Sedan oferece, quer a nível de desempenho, segurança, equipamento e habitabilidade/capacidade, este é um modelo com um dos pacotes mais equilibrados do seu segmento no mercado nacional, e a um preço competitivo.
Definitivamente o Civic Sedan não é um modelo de luxo, mas é um carro onde se pode observar um maior cuidado nos acabamentos, oferecendo um ambiente que se aproxima desse nível. E também não é um veículo para quem procura um "hot sedan", mas ainda assim é um modelo que oferece o conforto de um sedan com o comportamento de um desportivo, tornando-o uma referência para quem procura o primeiro familiar. Colocasse a Honda o motor do Type R neste Sedan e teríamos um verdadeiro "sleeper".
Em suma, esta versão de 4 portas da nova geração do Civic coaduna-se na perfeição com as jovens famílias que necessitam de um familiar mas que, ainda assim, preferem um veículo que se apresente menos como um carro de família e mais como um executivo de garras escondidas.
Para conhecer em pormenor o Civic Sedan, consulte o artigo: Civic 2017 Sedan europeu - toda a informação
C. Ruivo