Ensaio > Jazz 1.3 i-VTEC Elegance
Este é o terceiro renascimento do Jazz, o popular citadino da marca nipónica que, desde a sua criação, tanto tem vindo a contribuir para a imagem de fiabilidade da marca. Quem tem ou já teve algum sabe do que falamos.
Nesta sua terceira geração, o Jazz assume-se completamente novo. Pode mesmo dizer-se que este é o seu verdadeiro e único renascimento até à data, afinal de contas tudo está diferente, o visual, os interiores, a motorização... bem, tudo tudo não, o Jazz continua a contar com o tradicional sistema de bancos mágicos e com a sua "fisionomia" de monovolume.
DESIGN E EQUIPAMENTO
O novo Jazz apresenta-se agora maior e com um visual mais arrojado e familiar à restante gama Honda, exteriormente tem mais 9,5 cm de comprimento do que a geração anterior, mas mesmo assim consegue manter as linhas compactas.
Na frente os faróis passam a ter uma leitura retangular e o símbolo da marca destaca-se numa "grelha" frontal que reflete o tema "solid wing face" comum aos restantes modelos. Pena que as luzes diurnas não tenham seguido o design dos restantes modelos da marca e limitarem-se a ser pequenos apontamentos verticais nas extremidades do para-choques dianteiro, como se tivesse sido uma solução de último recurso. A traseira também traz novidades, com farolins mais angulares e verticais a delinearem o vidro traseiro, o para-choques acompanha o restante design do carro com duas grandes aberturas laterais dando-lhe um visual mais aguerrido.
As jantes de 16" polegadas da versão Elegance dão-lhe, como a designação indica, um visual ao mesmo tempo elegante e desportivo.
O novo Jazz está disponível em 8 cores distintas, sendo que 6 são metalizadas.
No geral, este novo visual do Jazz, menos arredondado e de linhas mais desportivas, apela a um consumidor alvo mais jovem.
A renovação do design exterior estendeu-se ao interior. Um visual atualizado e de linhas mais modernas tornam o Jazz mais apelativo.
O painel de instrumentos é simples, organizado e de fácil leitura. A consola central é preenchida pelo ecrã tátil de 7", que nesta versão Elegance conta com o sistema Connect Navi, logo seguida do controlo da climatização tátil idêntico ao encontrado no HR-V.
Ao contrário dos restantes modelos da marca, esta geração do Jazz não é equipada com o botão ECON, no entanto à volta do velocímetro está presente a típica iluminação indicadora da economia da condução, verde para económica e azul para mais consumidora. Para complementar de forma mais precisa esta leitura é, como noutros modelos, também possível observar o consumo atual durante a condução através do computador de bordo.
O novo Jazz não tem propriamente uma má visibilidade para o exterior, as manobras de estacionamento fazem-se com facilidade e com boa perceção do espaço circundante, mas a câmara traseira que equipa esta versão dá uma boa ajuda.
Quanto à qualidade dos materiais interiores, houve um significativo avanço com o Jazz a apresentar ótimos acabamentos. Nesta versão Elegance, todo o tablier é revestido com um material a imitar pele visualmente bastante agradável, de toque macio e que confere uma sensação de conforto diferente dos habituais plásticos. O volante e a manete das mudanças em pele oferecem um toque bastante agradável.
Ao contrário do Civic ou HR-V, o habitáculo do novo Jazz embora espaçoso não é tão envolvente. A posição de condução é boa, mas sentimos a falta de um apoio central de braço completo para o condutor.
Os bancos frontais em tecido são confortáveis, envolventes e ergonomicamente corretos. Já os bancos atrás são ligeiramente duros (devido à estrutura do sistema "mágico"), e isso nota-se principalmente em estradas de piso irregular, mas mesmo assim melhores que os da primeira geração. Nota ainda para a possibilidade de reclinar os bancos traseiros, proporcionando uma viagem mais relaxada aos passageiros, só é pena que quando se opte por ter os encostos traseiros na posição "normal" fique uma pequena separação entre a tampa da bagageira e o encosto.
Espaço interior nunca lhe faltou e continua a não faltar, para quem o conhece desde a primeira geração pode esperar um habitáculo ainda mais espaçoso, por isso pequeno é um adjetivo um tanto ou quanto relativo quando falamos do Jazz.
Atrás os passageiros passam a contar com mais 6,5 cm de largura e 11,5 cm de espaço para as pernas. Em altura existe bastante espaço livre para a cabeça ir direita sem bater no tejadilho.
A bagageira contabiliza mais 17 litros de capacidade do que a geração anterior, tornando-se uma referência no segmento dos utilitários, e ao contrário da primeira geração o piso está mais resistente ao peso. O Jazz passa a disponibilizar um total de 354 lt de capacidade de carga e 1314 lt quando os bancos se encontram rebatidos e a carga atinge o tecto.
MOTOR E CONSUMOS
Debaixo do capot está o novo coração do Jazz, um i-VTEC de 1318 de cilindrada e 102 cv às 6000 rpm. Pode parecer uma boa configuração para puxar os 1066-1113 kg do utilitário mas a verdade é que o 1.3 i-VTEC não tem a genica que à partida se pode pensar, sendo estrangulado pelas relações da caixa de velocidades que fazem dele mais um maratonista do que um sprinter.
As prestações do novo Jazz são, por isso, ideais para uma condução tranquila. Numa condução mais expressiva somos obrigados a manter as rotações elevadas, pois as relações longas da caixa comprometem o rendimento do motor e as recuperações em 4ª, 5ª e 6ª velocidades abaixo das 2000 rpm fazem-se lentamente.
A caixa manual de 6 velocidades é precisa, mas um pouco dura transmitindo um constante toque mecânico na passagem entre mudanças. A 6ª velocidade, a nosso ver, era dispensável, tendo em conta que se trata de um citadino e não de um veículo destinado a longas viagens onde uma velocidade cruzeiro se torna indispensável. No entanto, verificámos um vigor surpreendente desta velocidade em acelerações a partir dos 120 km/h.
O 1.3 da tecnologia Earth Dreams mostra-se silencioso em regimes calmos, mas torna-se algo barulhento em velocidades mais elevadas como, por exemplo, em autoestrada. Também aqui o Jazz se acusa como um citadino, denunciando a falta da insonorização caraterística dos estradistas.
Na terceira geração do Jazz, e tratando-se de um motor a gasolina, os consumos são excelentes, conseguindo mesmo rivalizar com alguns diesel com a mesma motorização.
O test-drive caraterizou-se essencialmente por percursos citadinos (50%) com muitas situações de paragem/estacionamento e vias rápidas (10%), mas também de nacionais (30%) e auto-estradas (10%).
DESIGN E EQUIPAMENTO
O novo Jazz apresenta-se agora maior e com um visual mais arrojado e familiar à restante gama Honda, exteriormente tem mais 9,5 cm de comprimento do que a geração anterior, mas mesmo assim consegue manter as linhas compactas.
Na frente os faróis passam a ter uma leitura retangular e o símbolo da marca destaca-se numa "grelha" frontal que reflete o tema "solid wing face" comum aos restantes modelos. Pena que as luzes diurnas não tenham seguido o design dos restantes modelos da marca e limitarem-se a ser pequenos apontamentos verticais nas extremidades do para-choques dianteiro, como se tivesse sido uma solução de último recurso. A traseira também traz novidades, com farolins mais angulares e verticais a delinearem o vidro traseiro, o para-choques acompanha o restante design do carro com duas grandes aberturas laterais dando-lhe um visual mais aguerrido.
As jantes de 16" polegadas da versão Elegance dão-lhe, como a designação indica, um visual ao mesmo tempo elegante e desportivo.
O novo Jazz está disponível em 8 cores distintas, sendo que 6 são metalizadas.
No geral, este novo visual do Jazz, menos arredondado e de linhas mais desportivas, apela a um consumidor alvo mais jovem.
A renovação do design exterior estendeu-se ao interior. Um visual atualizado e de linhas mais modernas tornam o Jazz mais apelativo.
O painel de instrumentos é simples, organizado e de fácil leitura. A consola central é preenchida pelo ecrã tátil de 7", que nesta versão Elegance conta com o sistema Connect Navi, logo seguida do controlo da climatização tátil idêntico ao encontrado no HR-V.
Ao contrário dos restantes modelos da marca, esta geração do Jazz não é equipada com o botão ECON, no entanto à volta do velocímetro está presente a típica iluminação indicadora da economia da condução, verde para económica e azul para mais consumidora. Para complementar de forma mais precisa esta leitura é, como noutros modelos, também possível observar o consumo atual durante a condução através do computador de bordo.
O novo Jazz não tem propriamente uma má visibilidade para o exterior, as manobras de estacionamento fazem-se com facilidade e com boa perceção do espaço circundante, mas a câmara traseira que equipa esta versão dá uma boa ajuda.
Quanto à qualidade dos materiais interiores, houve um significativo avanço com o Jazz a apresentar ótimos acabamentos. Nesta versão Elegance, todo o tablier é revestido com um material a imitar pele visualmente bastante agradável, de toque macio e que confere uma sensação de conforto diferente dos habituais plásticos. O volante e a manete das mudanças em pele oferecem um toque bastante agradável.
Ao contrário do Civic ou HR-V, o habitáculo do novo Jazz embora espaçoso não é tão envolvente. A posição de condução é boa, mas sentimos a falta de um apoio central de braço completo para o condutor.
Os bancos frontais em tecido são confortáveis, envolventes e ergonomicamente corretos. Já os bancos atrás são ligeiramente duros (devido à estrutura do sistema "mágico"), e isso nota-se principalmente em estradas de piso irregular, mas mesmo assim melhores que os da primeira geração. Nota ainda para a possibilidade de reclinar os bancos traseiros, proporcionando uma viagem mais relaxada aos passageiros, só é pena que quando se opte por ter os encostos traseiros na posição "normal" fique uma pequena separação entre a tampa da bagageira e o encosto.
Espaço interior nunca lhe faltou e continua a não faltar, para quem o conhece desde a primeira geração pode esperar um habitáculo ainda mais espaçoso, por isso pequeno é um adjetivo um tanto ou quanto relativo quando falamos do Jazz.
Atrás os passageiros passam a contar com mais 6,5 cm de largura e 11,5 cm de espaço para as pernas. Em altura existe bastante espaço livre para a cabeça ir direita sem bater no tejadilho.
A bagageira contabiliza mais 17 litros de capacidade do que a geração anterior, tornando-se uma referência no segmento dos utilitários, e ao contrário da primeira geração o piso está mais resistente ao peso. O Jazz passa a disponibilizar um total de 354 lt de capacidade de carga e 1314 lt quando os bancos se encontram rebatidos e a carga atinge o tecto.
MOTOR E CONSUMOS
Debaixo do capot está o novo coração do Jazz, um i-VTEC de 1318 de cilindrada e 102 cv às 6000 rpm. Pode parecer uma boa configuração para puxar os 1066-1113 kg do utilitário mas a verdade é que o 1.3 i-VTEC não tem a genica que à partida se pode pensar, sendo estrangulado pelas relações da caixa de velocidades que fazem dele mais um maratonista do que um sprinter.
As prestações do novo Jazz são, por isso, ideais para uma condução tranquila. Numa condução mais expressiva somos obrigados a manter as rotações elevadas, pois as relações longas da caixa comprometem o rendimento do motor e as recuperações em 4ª, 5ª e 6ª velocidades abaixo das 2000 rpm fazem-se lentamente.
A caixa manual de 6 velocidades é precisa, mas um pouco dura transmitindo um constante toque mecânico na passagem entre mudanças. A 6ª velocidade, a nosso ver, era dispensável, tendo em conta que se trata de um citadino e não de um veículo destinado a longas viagens onde uma velocidade cruzeiro se torna indispensável. No entanto, verificámos um vigor surpreendente desta velocidade em acelerações a partir dos 120 km/h.
O 1.3 da tecnologia Earth Dreams mostra-se silencioso em regimes calmos, mas torna-se algo barulhento em velocidades mais elevadas como, por exemplo, em autoestrada. Também aqui o Jazz se acusa como um citadino, denunciando a falta da insonorização caraterística dos estradistas.
Na terceira geração do Jazz, e tratando-se de um motor a gasolina, os consumos são excelentes, conseguindo mesmo rivalizar com alguns diesel com a mesma motorização.
O test-drive caraterizou-se essencialmente por percursos citadinos (50%) com muitas situações de paragem/estacionamento e vias rápidas (10%), mas também de nacionais (30%) e auto-estradas (10%).
Com a ventilação sempre a funcionar durante todo o ensaio de cerca de 400 km, a média combinada foi de 5.6 lt/100 km, tendo ficado ainda com uma autonomia para mais 200 km. Ainda assim, conseguimos médias mínimas momentâneas de 4 lt com uma condução continua e linear, e em condução mais desportiva o Jazz não passou dos 7.7 lt/100 km.
Ficamos a pensar... Se é assim a gasolina, como seriam os consumos com um motor a diesel?...
COMPORTAMENTO E SEGURANÇA
Ficamos a pensar... Se é assim a gasolina, como seriam os consumos com um motor a diesel?...
COMPORTAMENTO E SEGURANÇA
No geral, o novo Jazz tem uma direção precisa e um comportamento estável, contudo a sua suspensão revela que não foi feito para abusos. Afinal, e como as prestações do motor também revelam, é um verdadeiro citadino familiar sem aspirações a ser mais um diabrete para eventuais travessuras.
O utilitário demonstra-se ágil e fácil de manobrar tornando a circulação citadina mais fácil de suportar mas, devido às suas linhas tipo monovolume e ao seu peso, há que ter atenção a alguma instabilidade quando sujeito as ventos fortes.
No que toca ao equipamento de segurança, o Jazz deixou de ser o parente pobre da família e nesta terceira geração está mesmo acima do normal para o segmento, destacando-se com uma variedade de sistemas normalmente encontrado apenas em segmentos superiores. Por isso, não é à toa que tenha conquistado a classificação máxima de 5 estrelas da Euro NCAP consagrado-se o mais seguro do segmento B em 2015.
O novo Jazz vem de série, em todas as três versões, com 6 airbags (incluindo laterais de cortina à frente e atrás), Sistema de alerta de esvaziamento dos pneus (DWS), Travagem ativa em cidade (CTBA), Sistema de paragem de emergência (ESS) e Assistência ao arranque em subida (HSA), entre outros.
O equipamento de segurança, disponibilizado pela versão de topo, incluí ainda o Alerta de colisão frontal (FCW), o Reconhecimento de sinalização (TSR) e o Aviso de saída de faixa de rodagem (LDW).
O Jazz 1.3 i-VTEC está disponível em 3 níveis de equipamento: Trend (a partir de 17.150€), Comfort (a partir de 18.100€) e Elegance (a partir de 19.700€).
Se prefere caixas automáticas, por mais 1.300€ poderá adquirir a versão CVT de 7 velocidades (simuladas). O opcional Connect Navi, presente na versão ensaiada, acresce mais 600€ aos valores referidos.
Do que gostámos?
Qualidade e design dos interiores
Quantidade de equipamento de série disponibilizado, em especial o sistema de suporte dos máximos (HSS), o sistema de assistência ao arranque em subida (HSA) e os sensores de luz e chuva
Conforto e versatilidade do espaço interior
Consumos
A melhorar?
Binário a baixas rotações por forma a equilibrar as relações da caixa de 6 velocidades
Caixa de velocidades com toque mais suave
O acesso ao pneu sobressalente e a recolocação da tampa/piso da bagageira
Preço mais competitivo para o segmento em que se encontra
Em conclusão, o novo Jazz mantém a tradição dos seus antecessores... é como um fiel, prático e confiável "amigo" que oferece exatamente o que se espera dele.
Ideal para quem não vive em viagens de longo curso, mas antes necessita de um prático, confortável e bom citadino familiar que ocasionalmente servirá para passeios mais distantes.
C. Ruivo