Red Bull muito otimista com resultados da Honda
Depois de uma temporada de evoluções nos campos da performance e fiabilidade com a equipa secundária da Red Bull, embora ainda com alguns problemas nesta última área, a Honda irá enfrentar a próxima época equipando ambas as equipas: a Red Bull Racing, com os pilotos Pierre Gasly e Max Verstappen, e a Toro Rosso, que este ano ingressa Daniil Kvyat e Alexander Albon.
Inevitavelmente, as dúvidas e expectativas andam lado a lado quanto à capacidade da japonesa estar à altura de levar a Red Bull Racing de volta aos ganhos, e se a opção de trocar a Renault por esta terá sido a decisão acertada. A incerteza toma ainda mais peso se tomarmos em conta o recente rumor de que os problemas de vibração nos motores Honda estão de volta, estando a impedir a utilização da potência máxima, o que poderá por em causa novamente a fiabilidade destes.
No entanto o consultor da equipa austríaca, Helmut Marko, acredita que sim. Prevendo mesmo que, com os desenvolvimentos planeados para este ano e segundo os dados que têm sido recolhidos, a Red Bull deverá colocar-se no mesmo patamar de referência que a Mercedes ou a Ferrari. À Motorsport, Marko fala de um significativo aumento de potência (talvez a razão do alegado ressurgimento das vibrações) e melhoramento das prestações que deixou a equipa bastante otimista e eufórica.
"O motor da Honda já está ligeiramente acima do da Renault. Se combinarmos os nossos dados GPS com os dados fornecidos pela Honda, estaremos na zona da Mercedes e da Ferrari. (...) Como é óbvio, eles não estão a dormir. Mas eles já estão num nível tão elevado que já não podem fazer saltos evolutivos como estes. (...) Ainda que estejamos 10 ou 15 kW atrás, não é diferente do que na era da Renault com o motor de 8 cilindros. Podemos compensar isso", declarou Helmut Marko.
"O motor da Honda já está ligeiramente acima do da Renault. Se combinarmos os nossos dados GPS com os dados fornecidos pela Honda, estaremos na zona da Mercedes e da Ferrari. (...) Como é óbvio, eles não estão a dormir. Mas eles já estão num nível tão elevado que já não podem fazer saltos evolutivos como estes. (...) Ainda que estejamos 10 ou 15 kW atrás, não é diferente do que na era da Renault com o motor de 8 cilindros. Podemos compensar isso", declarou Helmut Marko.
Apesar do entusiasmo e otimismo, Marko não deixa de ser realista e antecipa que a primeira temporada da Honda com a equipa da Red Bull não será perfeita: "Estamos conscientes que existirão dificuldades de fiabilidade. (...) O mais provável é não conseguirmos fazer a época com 3 motores. (...) Mas se escolhermos os circuitos certos, podemos voltar ao topo em poucas voltas. Este será o conceito, iremos aceitar conscientemente penalidades pelos motores se for necessário."
Marko relembrou ainda a angústia e a diferença pela qual a Red Bull passou com a Renault, devido à falta de evolução para minimizar o grande intervalo de potência que os separava das equipas da frente: "Na qualificação, estávamos deficientes de até 70 cv. (...) Dependendo do tipo de circuito a diferença era menor, mas em média estávamos sempre pelo menos 40 cv atrás. (...) Os nossos dados GPS mostravam claramente o quanto perdíamos em retas e quanto ganhávamos nas curvas. Quando a Ferrari tinha a sua potência no máximo, a diferença era ainda mais notória."
Fonte: Motorsport