9.1.19

Red Bull muito otimista com resultados da Honda


Depois de uma temporada de evoluções nos campos da performance e fiabilidade com a equipa secundária da Red Bull, embora ainda com alguns problemas nesta última área, a Honda irá enfrentar a próxima época equipando ambas as equipas: a Red Bull Racing, com os pilotos Pierre Gasly e Max Verstappen, e a Toro Rosso, que este ano ingressa Daniil Kvyat e Alexander Albon.

Inevitavelmente, as dúvidas e expectativas andam lado a lado quanto à capacidade da japonesa estar à altura de levar a Red Bull Racing de volta aos ganhos, e se a opção de trocar a Renault por esta terá sido a decisão acertada. A incerteza toma ainda mais peso se tomarmos em conta o recente rumor de que os problemas de vibração nos motores Honda estão de volta, estando a impedir a utilização da potência máxima, o que poderá por em causa novamente a fiabilidade destes.

No entanto o consultor da equipa austríaca, Helmut Marko, acredita que sim. Prevendo mesmo que, com os desenvolvimentos planeados para este ano e segundo os dados que têm sido recolhidos, a Red Bull deverá colocar-se no mesmo patamar de referência que a Mercedes ou a Ferrari. À Motorsport, Marko fala de um significativo aumento de potência (talvez a razão do alegado ressurgimento das vibrações) e melhoramento das prestações que deixou a equipa bastante otimista e eufórica.

"O motor da Honda já está ligeiramente acima do da Renault. Se combinarmos os nossos dados GPS com os dados fornecidos pela Honda, estaremos na zona da Mercedes e da Ferrari. (...) Como é óbvio, eles não estão a dormir. Mas eles já estão num nível tão elevado que já não podem fazer saltos evolutivos como estes. (...) Ainda que estejamos 10 ou 15 kW atrás, não é diferente do que na era da Renault com o motor de 8 cilindros. Podemos compensar isso", declarou Helmut Marko.

Apesar do entusiasmo e otimismo, Marko não deixa de ser realista e antecipa que a primeira temporada da Honda com a equipa da Red Bull não será perfeita: "Estamos conscientes que existirão dificuldades de fiabilidade. (...) O mais provável é não conseguirmos fazer a época com 3 motores. (...) Mas se escolhermos os circuitos certos, podemos voltar ao topo em poucas voltas. Este será o conceito, iremos aceitar conscientemente penalidades pelos motores se for necessário."

Marko relembrou ainda a angústia e a diferença pela qual a Red Bull passou com a Renault, devido à falta de evolução para minimizar o grande intervalo de potência que os separava das equipas da frente: "Na qualificação, estávamos deficientes de até 70 cv. (...) Dependendo do tipo de circuito a diferença era menor, mas em média estávamos sempre pelo menos 40 cv atrás. (...) Os nossos dados GPS mostravam claramente o quanto perdíamos em retas e quanto ganhávamos nas curvas. Quando a Ferrari tinha a sua potência no máximo, a diferença era ainda mais notória."


Fonte: Motorsport
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