16.7.18

Honda CyberRace e a "odisseia nas corridas auto" do futuro

Durante a nossa juventude (por aqui, pelo menos), nos filmes e nas séries o conceito temporal de futuro era marcado para o ano de 2020, ou de 2000 para quem for mais velho. Coisas como carros voadores, autónomos, elétricos, com iluminações néon e ecrãs táteis, pareciam ser altamente improváveis, mas no entanto, aqui estamos hoje com todas estas coisas do "futuro".

Coisas que começam a ser normais no nosso presente e que começam a contaminar, para o bem ou para o mal, o desporto motorizado. Ainda este fim de semana vimos o Roboracer, um autónomo elétrico, a subir a rampa de Goodwood, temos a Fórmula E e a Eletric GT a começar a despertar o interesse das marcas automóveis e brevemente teremos a MotoE para as 2 rodas.

Mas quando o futuro já chegou, o que imaginar para o futuro que virá?
Segundo o francês Frederic Le Schiellour, designer de transportes, o futuro é agora marcado para 2088.
O detalhe aplicado no trabalho de Frederic é impressionante (carregue nas imagens para aumentar), ajudando bastante à sensação de realismo e fazendo-nos crer na possibilidade, embora remota, de tudo ou pelo menos parte disto poder vir a acontecer.

Baseado nas corridas EV e nos veículos autónomos, o imaginário de Le Schiellour levou-o a criar o Honda CyberRace, um exercício de estilo de como os carros de competição serão no futuro.
A intenção do designer francês com esta criação é a de fundir as possibilidades oferecidas num vídeo-jogo com a realidade, de forma a "atrair o espectador para novas tecnologias e entusiasmá-lo", introduzindo "soluções interativas para melhorar as ações reais durante as corridas" e dando algum tipo de controlo ao público.


Para isso, visionou uma nova liga de corridas onde a primeira seria disputada na pista aérea de Shibuya, Japão, terminada em 2087, com 2918 km e 11 curvas. A pista elevar-se-ia a 10 metros do chão e o seu percurso percorreria as ruas edificadas do bairro japonês da cidade de Tóquio. O circuito seria, como não podia deixar de ser, tecnologicamente avançado, com hologramas, realidade aumentada e secções de carregamento ultra-rápido (30 segundos) das baterias dos carros, o piso seria transparente e o público poderia assistir às corridas tanto por debaixo da pista como nas bancadas situadas nos topos dos edifícios.
De acordo com Le Schiellour, a realidade aumentada ajudaria nas emoções quer dos pilotos quer do público, criando cenários como os de colapso de edifícios para incutir emoções de medo aos pilotos.

Durante a corrida, tal como num vídeo-jogo, os pilotos poderiam recolher "Itens" holográficos que seriam bónus ou desvantagens, sendo que o piloto decidiria quando os utilizar durante o tempo de ativação remanescente. A cor do carro refletiria o "Item" em utilização.


Quanto ao carro em si, Le Schiellour, não avança muita informação técnica, apenas que este é totalmente elétrico, controlado remotamente (sem piloto) e tem 6 rodas direcionais (6WS).
Estranhamente, ao contrário do que estamos habituados a ver nestas criações futuristas, o design geral da carroçaria não tem nada de alucinante, sendo até bem próximo do que atualmente se vê na Fórmula E.
A unidade de propulsão encontra-se alojada onde é habitualmente o cockpit do piloto, juntamente com a unidade "cerebral" do veículo e que, aparentemente, é constituída por processadores AMD e gráficas Radeon, e mete uma "mãozinha" da Microsoft.
As rodas, que à primeira vista parecem quadradas mas são bem tradicionais, estão escondidas por detrás dos tampões quadrados e são equipadas com pneus Yokohama.
Mesmo sendo fictício, sendo do futuro e 100% elétrico, podemos imaginar os níveis de potência e binário gerados.

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