22.8.17

HondaJet em Portugal, relato de uma estreia que acabou em amizade | Exclusivo |


O popular e novíssimo jato da Honda, o HondaJet, esteve em Portugal durante 3 dias. A rápida estadia em solo português ocorreu no âmbito da "Viagem ao Mundo em 80 Estadias" que está a ser realizada pelo casal de empresários norte-americanos, Julian e Kim MacQueen, donos do grupo hoteleiro Innisfree Hotels.

Como não podíamos desperdiçar uma oportunidade destas, entramos em contacto com eles no intuito de realizarmos uma pequena entrevista e visita à aeronave com a alcunha de Hummingbird (Colibri).

DIA DA CHEGADA, DA PASSEATA E DA ENTREVISTA
Com resposta positiva, no dia da chegada, deslocámo-nos ao aeroporto de Lisboa, onde nos encontrámos com os simpáticos MacQueen que, para facilitar a navegação no espaço aéreo europeu, se fazem acompanhar do copiloto Olivier Demacon.

Por questões de segurança impostas pela ANA, a visita ao avião acabou adiada para o dia da partida, e acabámos por acompanhar o casal ao hotel onde efetuamos a entrevista num ambiente divertidamente agradável. Com o casal a mostrar a sua curiosidade pelo nosso país e cultura, as nossas perguntas realizaram-se de forma fluída e intercalar com as deles.


Porquê o HondaJet e não outro?
JM: Apaixonei-me pelo design, é único a ter os motores sobre as asas e fixados a elas, nunca foi feito antes. Quando coloquei o meu depósito, há 10 anos atrás, apaixonei-me pelo design, é muito sensual, e adorei a ideia de se criar algo do nada. O Sr. Fujino (presidente da Honda Aircraft), jantámos com ele na semana passada, e tivemos a oportunidade de lhe perguntar sobre o que o inspirou para desenvolver este design... ele disse que a ideia lhe surgiu a meio da noite, durante um sonho, levantou-se procurou algo onde desenhar, arrancou a página de um calendário que tinha por perto, e começou a desenhar.
KM: Mas isto foi depois de ele se ter tornado perito em dois ou três campos de estudo que necessitava para ter a experiência suficiente para desenhar corretamente as formas do avião.
JM: Mas aquilo que me intriga mais em todo o processo é que a cultura japonesa faz as coisas a pensar a longo prazo, nós nos EUA, pensamos num horizonte de 3 a 5 anos, no Japão eles pensam num de 90 anos. Por isso, sentimos que se eles começaram algo do nada, do zero, e o construiram do zero que o fariam para durar, fiável e bem pesquisado e muito estável.
Eu coloquei o meu depósito em 4 outros jatos, e todos falharam, todos faliram, mas não fiquei desencorajado, estas eram todas empresas americanas que decidiram criar um jato "leve", que tentaram e falharam. Faltou-lhes persistência. Então pensei, se alguém é capaz, é a Honda. E isso atraiu-me, eu sabia que se lhes desse o dinheiro, mesmo que levassem 10 anos, eventualmente eles conseguiriam produzir algo como o HondaJet. Eles investem imenso em pesquisa e design, o orçamento deles, não sei quanto é, mas eles gastam imenso em pesquisa, eles investem no futuro, é por isso que são líderes mundiais.
KM: Eu adoro o design japonês no geral, é de linhas muito simples e bonito, e é isso que o HondaJet reflete. Tivemos a oportunidade de visitar a fábrica em Greensboro, é um local imaculado, nunca tinha visto um ambiente tão limpo, com pisos reluzentes e toda a gente de uniformes brancos, tudo em bom estado.


Com cerca de 2 meses de posse, qual a sua característica favorita e o que mais o surpreendeu no HondaJet?
JM: Quando estou a pilotar, no cockpit, tudo nele é 20% melhor do que qualquer outro na sua classe, tudo é baseado num computador, por isso, por ser tão tecnologicamente avançado, o trabalho do piloto é muito menor, carrego em 2 ou 3 botões e estou pronto para voar. Ele verifica todos os sistemas e testa tudo no avião. Ele faz tudo, eu só ajusto o ângulo da descolagem baseado no peso e na temperatura, isso é apenas um gráfico, insiro 3 números e é tudo!... Os flaps e esses números e estou pronto para voar! É inacreditavelmente simples. Eu voo há 50 anos, já pilotei aviões bastante básicos onde temos de fazer tudo, até que finalmente, há 8 anos, tirei a licença para jatos e que foi bastante difícil, tive de fazer tudo sozinho, inserir todos os dados, verificar todos os sistemas, percorrer todas as listas de verificação, tinha de fazer cerca de 30 coisas antes mesmo de puder levantar voo. Neste faço 3 coisas e estou pronto.
KM: A maior parte das vezes vou no cockpit com o Julian, quando somos só nós dois, adoro olhar a paisagem através das janelas, oferecem um grande campo de visão. Mas quando vou nos bancos atrás... é muito mais confortável que qualquer outro jato onde viajei, tem imenso espaço, é silencioso por causa da localização dos motores e a casa de banho é bastante boa.
JM: Este é o nível de conversação que se consegue ter dentro do avião sem ter barulho, porque o barulho fica lá fora na asa. O ruído cansa-nos, fatiga-nos durante uma viagem longa. E outro aspecto que eu gosto no HondaJet é a sua potência, o ângulo de ataque é de quase 15º, pode não parecer muito, mas é.

Então, no seu entender, o HondaJet tem futuro?
JM: Sem dúvida, e se pensarmos na abordagem a longo prazo deles, este é um jato de "entrada"... toda a gente especula que isto é apenas o começo de algo ainda maior. Eu não acredito que a Honda investisse tanto dinheiro para se ficar por apenas um modelo de avião. Todos especulam que virão jatos maiores, este é o primeiro.
KM: Isto é tão no início do processo, nós fomos o n.º 55, os primeiros 16 foram aviões de testes, por isso apenas cerca de 35 é que realmente andam a voar pelo mundo.


Está o HondaJet a corresponder às suas expectativas?
JM: Sim, nesta classe de jatos, é o mais rápido, o que tem a maior autonomia e a melhor eficiência de consumos, o que atinge a maior altitude e é o mais silencioso. Tudo aquilo que prometeram, cumpriram. Por isso, torna uma viagem destas possível. Podemos aterrar em pistas curtas, daqui vamos para uma série de outros lugares, iremos aterrar na Córsega que tem uma pista pequena e podemos aterrar e descolar sem qualquer problema.

É o HondaJet o seu primeiro produto Honda?
JM: Acho que sim, não me lembro de ter tido outro produto Honda... Resolvemos começar pelo topo e descermos daí (risos).
Mais tarde, Julian recordava que afinal o HondaJet não era a sua estreia na marca nipónica: "Tive uma Honda 50 há muitos anos atrás. Sim... essa moto foi o meu primeiro produto Honda."

O presidente Michimasa Fujino afirma que o HondaJet é o ponto alto da engenharia de performance e o perfeito exemplo do lema e da filosofia da marca, The Power of Dreams. Sente isso quando está a pilotar o avião?
JM: Este jato integra a categoria de jato "leve", antes de termos este tínhamos um dos líderes do mercado, o Phenom 100 da Embraer, e nunca pensámos que houvesse melhor nesta categoria de jatos. A Kim resistiu bastante em vender esse avião, gostava bastante dele, mas acho que já está convencida que foi a melhor escolha. A Embraer teve uma abordagem diferente, eles começaram pelos aviões comerciais e depois seguiram para os mais pequenos, enquanto a Honda começa pelos mais pequenos, e com o tempo irão aperfeiçoá-lo e torná-lo melhor, à medida que vão descobrindo as suas capacidades totais. Por causa da certificação da FAA, eles tiveram que fazer alguns compromissos para conseguirem fazer chegar o avião ao público. Com o tempo eles conseguiram modificar alguns desses compromissos e conseguir melhor desempenho, transportar mais peso e maior autonomia, penso que este será o próximo passo.

Nesta viagem da Irlanda para Portugal, conseguiram estabelecer o recorde de velocidade?
JM: Sim, conseguimos. Não tenho a certeza da velocidade mas de Shannon até Lisboa, demorámos 2h32m. O que é excelente para um avião desta categoria.


Nunca estiveram em Portugal, quais as vossas expectativas e o que pretendem visitar?
JM: Escolhemos Portugal porque a Kim queria vir cá. Por isso, ela será a pessoa mais indicada para responder a isso.
KM: Conhecem o filme "A Casa da Rússia"? Aquela cena do porto de Lisboa, foi nesse momento que disse para mim: "Tenho que ir a Lisboa." Achei tão bonito, não conhecia mais nada de Lisboa. Por isso, essa imagem de beleza, conhecer um pouco sobre a música, e não saber muito mais. A curiosidade em conhecer ganhou.

Viajaram cerca de 5000 milhas em 9 dias. Já passaram pelo Canadá, Islândia, Irlanda e agora Portugal, como tem sido saltar de país em país num espaço de tempo tão curto?
KM: Tem sido bastante divertido. O que vimos de Portugal pelo ar, é bastante diferente da Irlanda. Notámos um maior contraste da Irlanda para cá, do que nas viagens anteriores, da Nova Escócia para a Gronelândia, desta para a Islândia e depois para a Irlanda. À medida que nos deslocamos para sul, a luz é magnífica, é maravilhoso ver alguma luz!
JM: Parte do nosso sonho é observar todas estas culturas do mundo em pouco tempo, para que possamos entender melhor as diferenças entre elas. Nós vemos as diferenças como algo bom, a diversidade é boa. Isto dá-nos a oportunidade de entendermos melhor como essas diferenças conseguem funcionar e ganhar umas com as outras e, particularmente nos dias que correm, penso que é importante "abraçar" a diversidade e não olhar para ela como algo a temer ou desencorajante.

O HondaJet acaba por vos ajudar a lidar com o cansaço de viagens como estas?
JM: Interessante. Sim, calculo que sim. Estamos agora a vivenciar isso. A atmosfera dentro da cabine é limitada aos 8.000 pés, por isso podemos voar a 43.000 pés (altitude de cruzeiro máxima) e a atmosfera na cabine permanece nos 8.000, por isso não ficamos tão cansados. Normalmente viajamos nos 30.000 e na cabine ronda os 6.000 pés, consequentemente respiramos bastante ar e não ficamos tão fatigados. E, o facto de ser tão silencioso também ajuda.
KM: Ficámos muito mais cansados ao conduzirmos várias horas no lado esquerdo da estrada, na Irlanda, do que nas viagens no HondaJet. (risos)

Entrevista concluída e o dia teria ficado por ali, não fosse o bom acolhimento português. Como o casal não tinha guia para a sua estadia em Portugal, resolvemos tira o resto da tarde para lhes mostrarmos os "cantos à casa", que é como quem diz alguns dos spots turísticos de Lisboa. Uma excursão que se revelou de grande ajuda para se conseguirem orientar sozinhos nos restantes dias.
Com as horas a passar, após um magnífico pôr do sol, a noite chegou acompanhada do calor da noite de verão lisboeta e do relógio dos estômagos.
Os MacQueen demonstraram vontade de conhecer o espaço TimeOut, no Mercado da Ribeira, e foi esse o nosso destino para o jantar. Com vontade de experimentar um prato típico português, caiu-lhes na rifa uma "Francesinha de puxar a carroça" (nome literal do prato) que gerou valente risota quando o nome lhes foi traduzido literalmente. Ainda houve espaço para um típico pastel de nata "do outro mundo" (palavras deles) como sobremesa, que os maravilhou e os fez chorar por mais.
Refeição acabada, foi hora de regressar ao hotel.



DIA DA PARTIDA E DO PRIMEIRO CONTACTO COM O HONDAJET
Três dias depois, chegou a altura dos MacQueen continuarem a sua aventura pelo mundo.
Com a aprovação do acesso às infraestruturas do aeroporto para a visita ao HondaJet, voltámos a encontrar o casal de empresários junto ao hangar onde a aeronave descansou durante esta estadia.

Com o jato da Honda a ser preparado para a viagem que levaria o casal ao seu próximo destino, a cidade espanhola de Sevilha, iniciámos a visita ao jato de cor cinzenta metalizada (uma das 5 cores opcionais) e com a imagem do pássaro que lhe deu a alcunha na cauda.

Com um misto de excitação e deslumbramento, ao ver o Honda com asas, na cabeça apenas corriam duas adjetivações: "Tão pequenino!" e "Lindo!... Lindo!... Lindo!".

Exterior
De dimensões surpreendentemente pequenas (12,99 m de comprimentos e 4,54 m de altura), o HondaJet não passa despercebido numa zona rodeada por aviões quatro vezes maior que ele. O seu design distintivo e único é de facto fator de destaque e beleza alada.
O pequeno corpo "aerodinamicamente" bem esculpido fazem dele o jato mais rápido (422 nós máximos - 782 km/h a 3.000 pés) e económico da sua classe. À primeira vista pode parecer que o HondaJet tem duas asas, mas na realidade é apenas uma única estrutura (estilo monoplano). A asa baixa de alumínio atravessa a "barriga" do avião e suporta os dois motores HF120 de 9.118,85 N de força cada, elegantemente desenhados como se fossem duas esculturas equilibradas sobre uma "prateleira" de 12,12 m de envergadura que acaba numas elegantes e proeminentes winglets, cuja função é a de reduzir o efeito de arrasto. Um caraterística engraçada dos motores está relacionada com o seu tamanho, de tão compactos e pequenos (151,2 cm de comprimento por 60,6 cm de largura, e 53,8 cm de diâmetro) cada HF120 pode ser transportado na bagageira de um carro normal.


Na estrutura das asas estão também localizados 3 dos 4 depósitos de combustível do HondaJet, dois em cada asa, um no casco e o quarto na traseira do avião.
A fuselagem do HondaJet, completamente em compósito de carbono moldado, incluí dois compartimentos de carga, um no nariz (255 lt) e outro depois da asa (1.614 lt), com acesso pelo exterior.

O copiloto Olivier Demacon explica-nos que nas laterais do nariz se encontram 5 importantes dispositivos: 2 sensores de gelo e 3 tubos de Pitot. Os primeiros atuam em caso de deteção de formação de gelo, ativando automaticamente o sistema anti-gelo para as extremidades dianteiras da asa (aquecimento por ar purgado dos motores), estabilizador horizontal da cauda (através de vibrações elétricas) e aumentando o calor para o pára-brisas. Os últimos servem para medir a pressão estática e de estagnação de forma a calcular a velocidade do fluxo de ar e, por conseguinte, a velocidade do voo.


Na cauda do HondaJet, dois travões aerodinâmicos de velocidade abrem na horizontal para uma rápida diminuição da velocidade, sendo autenticamente fechados quando se aumenta a potência nos motores. Esta singular localização dos travões de velocidade reduz o barulho e a vibração quando são ativados.
Outra das impressionantes caraterísticas do HondaJet é o seu ângulo de ataque máximo de 15º, que lhe permite uma descolagem em menos de 4.000 pés (1.220 m) e subir aproximadamente 3.990 pés (1.216 m) por minuto, atingindo uma altitude de cruzeiro máxima de 43.000 pés (aproximadamente 13.106 m). Tendo a capacidade de aterrar em menos de 914 m, o jato é perfeito para pistas curtas.


Interior
Passando ao interior da aeronave, salta à vista o luxo e o cuidado com os acabamentos (nada mais seria de esperar da Honda num avião cujo preço se inicia nos 4.85 milhões de dólares).
A cabine, com uma altura interior de 1,46 m, um comprimento total de 5,43 m e largura de 1,52 m, está preparada para transportar até 7 pessoas (pilotos incluídos), com quatro confortáveis e ajustáveis bancos posicionados frente a frente, e um banco lateral de reserva em frente às escadas.
O cheiro a novo ainda resiste, e cada espaço foi perfeitamente aproveitado para criar um local de arrumação. Toda a cabine pode ser controlada através de dispositivos móveis (opcional), controlando a iluminação, o som, a temperatura e os estores das janelas.

Toda a cabine, cockpit e os bancos do Humminbird são revestidos a pele na cor branca com inserções em madeira clara (existe a possibilidade de optar por madeira escura).
Conforto é a palavra de ordem, quer os bancos dos passageiros quer os do cockipt são extremamente confortáveis e ergonómicos, sendo que os acentos dos últimos apresentam uma extensão de pernas até ao joelho para aumentar o conforto durante viagens mais longas (caraterística que Julian MacQueen fez questão em referir e agradece nesta aventura mundial).
Os bancos dos passageiros podem ser ajustados, deslizando lateralmente para um maior afastamento à fuselagem, e entre os dois conjuntos o espaço para as pernas de 2,18 m é fabuloso.


Em direção à cauda, encontramos uma inesperada casa de banho com um lava-mãos em vidro azul sobre um armário, espelho, sanitário e duas claraboias que tornam o espaço menos claustrofóbico quando as portas se fecham por completo. Ao contrário da maioria dos jatos cujo depósito do sanitário tem de ser retirado manualmente pelo interior do avião, Julian conta-nos que no HondaJet este procedimento é feito externamente por sucção, tal como numa auto-caravana.


Passando ao cockpit, que pode ser separado da restante cabine, em frente a um painel de instrumentos que mais parece um simulador de voo de um sofisticado jogo de vídeo, começamos a tentar decifrar os conjuntos de botões, interruptores e mostradores que o compõem e que, graças aos 3 ecrãs de 14" e aos 2 de 5,7" táteis posicionados mais abaixo, foram reduzidos ao mínimo possível.
Depois de nos instalarmos e familiarizarmos com o cockpit, Julian começa a explicar a surpreendente simplicidade de iniciar o avião. E quando dizemos simples, acredite que é mesmo simples, não é todos os dias que com apenas 3 comandos se inicia uma aeronave! Claro que para tudo o resto é necessário saber interpretar os dados e as informações que os vários sistemas nos comunicam, mas mesmo assim, após estes 3 comandos, o avião efetua sozinho todos os testes e leituras necessários para poder voar.

O sistema do HondaJet é baseado no Garmin G3000 que, através dos 3 ecrãs, informa a tripulação sobre o estado do tráfego, clima, procedimentos partida, chegada e aproximação, entre outros dados.
O ecrã do meio apresenta o mapa móvel e as cartas aeronáuticas, bem como os esquemas dos diversos sistemas e a lista de verificação dos mesmos depois dos testes. Em ambos os lados, em frente a cada piloto, os ecrãs transmitem sinteticamente a imagem "realista" do ambiente exterior.
Por cima do ecrã do meio, encontra-se o sistema de piloto automático. E por debaixo deste, os dois ecrãs táteis GTC570 onde se executam as verificações de pré-voo, carregamento dos planos de voo, gestão da informação visualizada nos ecrãs principais, seleção do perfil do piloto, entre outras funções. Por debaixo destes, estão localizados dois botões de arranque para o motor esquerdo e direito respetivamente. E logo em seguida, as duas alavancas dos propulsores, com o interruptor dos travões de velocidade à esquerda destas.
Em caso de falha do sistema Garmin, no topo esquerdo do painel de instrumentos localiza-se o instrumento de reserva Meggitt para auxiliar a navegação.
Na eventualidade de falta de oxigénio ou despressurização, as máscaras de oxigénio encontram-se lateralmente nos "encostos" de braços.
Por cima do pára-brisas, as reconhecíveis palas anti-encadeamento que deslizam ao longo de toda a zona das janelas.

(clique nas fotos para aumentar)

O ADEUS AO HUMMINGBIRD E AOS MACQUEEN
Com o abastecimento terminado e a hora da descolagem a aproximar-se, chegou a altura das despedidas, mas não sem antes verificarmos que, com um peso de apenas 3.267 kg, empurrar o HondaJet é quase tão fácil como empurrar um carro avariado!
Feitas as despedidas aos novos amigos, os 3 viajantes embarcam na aeronave para continuarem a sua circum-navegação ao mundo.
Um zumbido agradável e caraterístico dos jatos acusa o ligar dos motores do HondaJet que, pelo meio de gigantes alados, se começa a fazer à pista do aeroporto de Lisboa. Deslocámo-nos então para um local o mais próximo possível da pista para assistirmos à descolagem (infelizmente, por questões de segurança e devido às dimensões do HondaJet não foi possível recolher imagens mais aproximadas do aparelho).
Pouco depois das 11h30, rapidamente o Hummingbird descola, deixando saudades e um gostinho a pouco a quem fica no solo.

Boa viagem Hummingbird, Julian, Kim e Olivier.





C. Ruivo
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