Honda volta a registar nomes "esquecidos"
De acordo com dois pedidos de registo de marca que recentemente deram entrada no Gabinete de Patentes e Marcas dos Estados Unidos da América (USPTO), a Honda poderá estar a ponderar num renascimento de dois modelos que, um mais que o outro, tudo indicava estarem mortos e enterrados.
A ideia por detrás desta "boneca russa" da marca japonesa era a de permitir deixar o carro na periferia do centro urbano e mais facilmente realizar a deslocação até ao destino sem grandes preocupações com o estacionamento. Um conceito que ajudaria a mobilidade nas ruas do centro das cidades japonesas e resolveria o problema do difícil e alto custo do estacionamento.
Há 40 anos atrás a ideia não teve grande evolução, pois a nível mundial o problema não era tão evidente como é hoje... estará a Honda a pensar em reavivar este conceito como mais uma forma de facilitar a mobilidade e, quem sabe, até de uma maneira eletrificada? Não parecerá assim tão descabido este renascimento, até porque, há cerca de 10 anos a Honda apresentou uma versão elétrica deste conceito de mini mota equipada com baterias permutáveis no Salão de Tóquio.
Outro nome que foi reavivado, este mais recente, é o do Honda CR-Z, o hatchback coupé híbrido que pretendia dar uma imagem mais desportiva a veículos cujo tipo de alimentação estava muito ligado a um design que a maioria considerava pouco atrativo.
O sucessor espiritual do famoso Honda CR-X nunca conseguiu estar à altura da sua herança e acabou por ser descontinuado definitivamente em junho de 2016, tendo a sigla sido cancelada no USPTO precisamente um ano depois. Na altura, a Honda não tinha intenção de criar um sucessor, mas agora, 4 anos depois, a marca japonesa deu entrada no USPTO com novo pedido de reativação da marca CR-Z.
Se isto significa um renascimento do coupé não é certo mas, num sector sobre-populado de SUVs, seria uma "lufada de ar fresco" um modelo que desse outras opções de escolha no sector automóvel. E tendo em conta que o CR-Z surgiu como um veículo híbrido, numa era de eletrificação, não seria de todo inconcebível que o mesmo voltasse num formato BEV, principalmente se o seu design continuar focado na desportividade.
A razão destas reativações não é conhecida, poderá ser indicação de que a fabricante terá ideias de renascer alguns dos seus modelos, talvez agora eletrificados, ou apenas como forma de garantir a propriedade sobre as marcas impedindo a sua utilização por concorrentes. Quem sabe nos próximos anos seja revelado mas, até lá, só podemos especular...
Fonte: USPTO