25.3.19

Honda CR-V Hybrid > as primeiras impressões


Este fim de semana, num evento de pré-lançamento que decorreu em Cascais, a Honda portuguesa apresentou o novo CR-V através da nova versão híbrida, dando-nos a oportunidade de termos um primeiro contacto com o modelo.

O Honda CR-V Hybrid i-MMD é a mais recente aposta da marca japonesa numa era de eletrificação automóvel. Depois de anunciar a desistência das ofertas diesel, o Hybrid vem tomar o lugar do 1.6 i-DTEC com a motorização 2.0 i-VTEC a gasolina de 145 cv ajudado pelo motor elétrico, disponibilizando um total de 184 cv de potência e 315 Nm de binário, e com caixa automática de relação fixa.
A quinta geração do CR-V conta com 5 ou 7 lugares, tração 2WD e AWD, embora o híbrido esteja apenas disponível com 5 lugares e na segunda variante com o nível de equipamento de topo.


Esteticamente o novo CR-V mantém as linhas e formas robustas familiares às gerações anteriores mas, nesta nova geração, o SUV apresenta-se com um olhar mais "robótico" e futurista dado pelos faróis dianteiros em LED que quase parecem fazer parte da grelha central, e pelos traseiros que mantêm a orientação vertical mas agora com um formato em "L", estando também mais esculpidos e salientes.

Os interiores continuam sóbrios q.b., apresentando nesta nova geração aplicações standard a imitar madeira que poderão ser substituídos, via pacote de acessórios (por mais 329€), por uns metálicos padronizados semelhantes aos do Civic. A ergonomia dos bancos continua a oferecer um apoio e posição de condução confortáveis. Mas, no habitáculo, o que salta mais à vista é mesmo a falta da habitual manete das mudanças, algo que primeiro se estranha mas que rapidamente nos acostumamos.


O novo CR-V Hybrid oferece 3 modos de condução: o modo normal de combustão, o modo híbrido e o modo 100% elétrico. A transição entre os três é totalmente impercetível e acionada sem intervenção humana, é o veículo que decide o que usar, quando usar. O SUV conta ainda com um modo "Sport" o qual é acionado manualmente dando um pouco mais de vigor ao andamento e tornando o arranque mais energético. Dado que o veículo assume que neste modo o condutor se encontra em total controlo, a alteração para o modo totalmente elétrico obriga à paragem do veículo. O mesmo já não acontece se a alteração for para o modo híbrido, bastando para isso desligar quer o modo "Sport" como o modo EV.

A nova transmissão de relação fixa, ao contrário das tradicionais CVTs, mostrou-se mais suave e discreta, tornando a condução mais pacífica. Outra novidade relacionada é a ausência da manete das mudanças que foi substituída por um sistema de botões. Embora esta ausência seja estranha e cause alguma confusão à primeira vista, a verdade é que é bastante fácil de interiorizar e de rapidamente nos habituarmos ao seu funcionamento.


Embora esta proposta híbrida possa circular em modo EV, as suas prestações não se comparam às dos verdadeiros elétricos, sendo isto mais notório na autonomia e nas acelerações que, ao invés do impulso imediato caraterístico dos EV, embora sejam assertivas desenrolam-se mais progressivamente. No entanto, apesar da curta distância em modo exclusivamente elétrico, a regeneração desta fonte de alimentação é realizada rapidamente, o que torna possível um frequente uso do modo EV.

Neste pré-lançamento as distâncias percorridas foram curtas mas, no percurso que nos foi possível realizar na marginal do Guincho e nas ruas periféricas, foi possível perceber que o conforto foi um dos fatores alvo do desenvolvimento da quinta geração do CR-V. Desde o silêncio absoluto do trabalhar do motor (apenas interrompido quando o de combustão entra num funcionamento de esforço) à forma como a suspensão lida com as imperfeições da estrada, passando pela agradável e consistente direção e pela limitada transferência sonora da rolagem ao habitáculo.


O percurso realizado não foi suficiente para avaliarmos os consumos devidamente mas, considerando a condução realizada alternada nos 3 modos (com arranques em modo "Sport" e EV), no final, o computador de bordo indicava uma média de consumo de 5,2 lt/100 km. Destaque aqui para o inovador e eficiente sistema i-MMD que, sempre que possível, dá prioridade ao funcionamento do motor elétrico.

À data deste artigo, o novo CR-V Hybrid está disponível em dois níveis de equipamento, Elegance e Lifestyle, com os preços a começarem nos 40.425€ (não incluindo despesas de legalização e transporte).
O custo da versão testada, equipada com o nível Lifestyle na cor opcional Castanho Agate Premium perolizada, é de 44.450€.

Para ficar a saber mais sobre o Honda CR-V Hybrid, clique aqui.




C. Ruivo
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