Honda confirma segurança de peças em alumínio da Kobe Steel, outras ainda em investigação
O alarme instalou-se depois do terceiro maior produtor de metal japonês, no início do mês, ter admitido a falsificação de dados relativos à qualidade do alumínio, ferro e cobre que forneceu a mais de 200 companhias suas clientes, dos mais variados setores.
Dias depois, o balanço do número de empresas potencialmente afetadas passou a cerca de 500 em todo o mundo. A longa lista incluem empresas como a Boeing, a Airbus, a Korean Air, a Ford e a GM, a Rolls Royce, a Toyota e a Hyundai, a Nissan e a Subaru, a Suzuki, a Mitsubish, Hitachi, Japan Railway Co., Kawasaki, Panasonic, Daimler, Volkswagen e a Honda.
Como se não bastasse o problema de ter falsificado dados relacionados com a durabilidade e resistência dos metais com os quais foram produzidos elementos e peças para os mais variados produtos, a Kobe Steel admitiu ainda que a falsificação foi feita durante mais de 10 anos.
Depois das revelações, as empresas clientes, direta ou indiretamente, da Kobe iniciaram um minucioso processo de análise e descoberta para verificar se os seus produtos teriam sido afetados ou colocariam em causa a segurança dos seus utilizadores.
A Honda confirmou a existência dos materiais em causa em partes dos seus automóveis, tais como portas, capôs e outras áreas adjacentes, mas veio recentemente informar que, após testes, as peças com alumínio da Kobe não apresentam riscos, cumprindo os padrões de segurança. No entanto, a construtora japonesa continua a investigar peças fabricadas por outros fornecedores que também utilizam metais da Kobe Steel.
Após a revelação, o governo japonês ordenou que a metalúrgica abordasse as questões de segurança num prazo de duas semanas e que apresente um relatório sobre como tudo se passou até ao final do mês.
Tal como o escândalo de proporções mundiais dos airbags Takata, a Kobe Steel poderá ter de enfrentar investigações em todos os mercados mundiais onde o produtos afetados são comercializados.
As autoridades europeias para a segurança na aviação já emitiram um comunicado aconselhando os fabricantes de aeronaves a, sempre que possam, evitarem o uso dos produtos da Kobe até que todas as verificações estejam finalizadas.
Fonte: Reuters