6.10.16

Civic Type R 2017, engenheiro da Honda lança pistas sobre algumas especificações técnicas

Como já era esperado, o protótipo do Civic Type R 2017 foi apresentado no Salão Automóvel de Paris, mas para além da divulgação da altura prevista para o seu lançamento no mercado europeu mais nada foi avançado e questões sobre potência, tração e outras especificações técnicas continuaram no segredo dos "deuses" do "H" vermelho japonês.

No entanto, no decorrer do certame, em entrevista à Carbuzz, o engenheiro chefe do projeto do novo Civic, Mitsuru Kariya, deu a entender que o próximo Type R terá menos potência do que a que os rumores têm vindo a avançar e continuará de tração frontal.

"O que é diferente no desenvolvimento do novo Type R é que, no passado, a decisão em desenvolver e fabricar um Type R era feita muito tarde. Na última metade do ciclo de vida do Civic (que lhe servia de base) decidíamos criar um Type R. Desta vez tivemos o protótipo (do Civic standard) desde o início para desenvolvermos o Type R", declarou Mitsuru Kariya.

Quando questionado sobre a opção entre FWD ou AWD para o Type R, Kariya inclina-se para a escolha da tração frontal. E justifica: "É fácil aplicar 4WD. É fácil aplicar um grande motor, mas isso distorce o equilíbrio total do carro. Se o carro fica pesado entra em contradição com o que nós acreditamos ser performance dinâmica. É um equilíbrio entre tudo e, por isso, nós continuamos a insistir num sistema FWD. Com a aplicação de tecnologia eficaz acreditamos que conseguimos atingir um nível de desempenho elevado." Quanto à aplicação de uma tração AWD, esta seria "demasiado pesada, especialmente na frente, por vezes difícil de manusear e extremamente dispendiosa."

Relativamente à recente extração de potência em motores turbinados de pequena dimensão que se tem vindo a registar na industria automóvel, a resposta de Kariya é indicadora de que o próximo Civic Type R poderá vir com menos potência do que se tem vindo a especular.
"Acreditamos que é mais importante ter essa dirigibilidade a baixas rotações, esse controle do motor durante as curvas. Isso é de alguma forma essencial para desfrutar e para gerar essa sensação de divertimento a conduzir, ao invés de se ter mais 10 cavalos de potência no final."

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